Parte II: O mundo espírita – Capítulo VII: Volta do Espírito à vida corporal – Esquecimento do passado
Esquecimento do passado
392. | Por que o Espírito encarnado perde a lembrança do seu passado (como Espírito)? | |
| – | O homem (um Espírito encarnado) não pode e nem deve saber tudo. Deus quer que seja assim (esquecimento do passado) em sua sabedoria. Sem a cortina que esconde certas coisas do homem, o homem ficaria ofuscado (confuso), como quem sai de repente de um lugar escuro para um lugar claro. Se o Espírito esquece o seu passado (como Espírito), o Espírito é mais ele mesmo. |
393. | Como o homem pode ser responsável por seus atos (passados) e resgatar (reparar) faltas (passadas) que o homem não se lembra? Como o homem pode aproveitar as experiências conseguidas em vidas (passadas) e que foram esquecidas (na nova existência física)?
É compreensível que as tribulações (dificuldades) das existências (passadas) sirvam de lição para o homem, mas serviriam de lição apenas se o homem pudesse se lembrar do que causou aquelas tribulações. Mas já que o homem não pode se lembrar do que causou aquelas tribulações, cada nova existência (física) é para o homem quase um recomeço, como se fosse a primeira existência (física) do homem.
Como isso pode ser conciliado (explicado) com a justiça de Deus?
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| – | Em cada nova existência (física), o homem dispõem de mais inteligência e pode saber melhor a diferença entre o bem e o mal. Onde estaria o mérito (merecimento) do homem se o homem se lembrasse de todo o seu passado (como Espírito)? [1]
Quando o Espírito volta para sua vida primitiva (a vida espírita), toda a vida passada do Espírito aparece diante dos olhos do Espírito. O Espírito vê as faltas que cometeu e que foram a causa de seus sofrimentos (terrenos), e o Espírito vê também como ele poderia ter evitado aquelas faltas. O Espírito considera que a sua situação é justa e busca – então – uma (nova) existência (física) onde o Espírito seja capaz de reparar as faltas da sua última existência (física) que acabou de terminar. O Espírito escolhe provas (lições) que sejam parecidas com as provas (lições) que o Espírito não soube aproveitar em sua última existência (física), ou o Espírito escolhe as lutas que o Espírito pense que são apropriadas (melhores) para o seu adiantamento (espiritual). O Espírito – então – pede ajuda aos Espíritos que são (moralmente) superiores a ele próprio, a fim de que o Espírito tenha um auxílio nos novos desafios que ele próprio resolveu enfrentar (em uma nova existência física). O Espírito sabe muito bem que terá um Espírito (mais elevado) [2] que lhe servirá de guia em sua nova existência (física); o Espírito com a missão de guiar o Espírito encarnado (em sua nova existência física) irá se esforçar para conduzir o Espírito encarnado pelo caminho da reparação das faltas (passadas), dando ao Espírito encarnado uma espécie de intuição sobre as faltas (passadas) cometidas pelo Espírito encarnado.
Os homens tem essa intuição no pensamento, nos desejos criminosos (pecaminosos) que aparecem nos homens com frequência e que os homens conseguem resistir, pensando muitas vezes que essa resistência àqueles desejos vem dos princípios (ensinamentos) recebidos dos pais, quando – na verdade – é a voz da própria consciência que está falando com os homens. Essa voz é a lembrança do passado (do Espírito) avisando o homem para não cair novamente nas faltas que já fizeram o homem ser culpado. Se o homem resiste (às tentações) e passa pelas provas (lições) com coragem, o Espírito se eleva e sobre na hierarquia dos Espíritos (escala espírita [3]) quando o Espírito retorna para o meio dos Espíritos. | ||
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É verdade que durante a vida corporal os homens não tem uma lembrança exata do que os homens foram (em vidas anteriores). É verdade que durante a vida corporal os homens não tem uma lembrança exata do bem ou do mal que os homens praticaram (em vidas anteriores). Mas os homens tem uma intuição daquelas coisas, e as tendências instintivas do homem são uma vaga lembrança do passado (vidas passadas). A consciência dos homens – que é o desejo que os homens sentem de não repetir as faltas (passadas) já cometidas – estimula os homens para resistir às inclinações que os homens tem para cair nas tentações. |
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394. | Os seres que vivem nos mundos mais elevados do que a Terra não estão sobrecarregados pelas necessidades físicas, não estão sobrecarregados pelas enfermidades que afligem os homens da Terra. Assim sendo, os seres que vivem naqueles mundos compreendem que eles são mais felizes (afortunados) do que os homens na Terra?
A felicidade é relativa (em geral). Os homens sentem (percebem) a felicidade através de uma comparação (da situação em que vivem) com situações menos felizes.
Considerando que alguns daqueles mundos ainda não atigiram definitivamente um estado de perfeição (mesmo sendo mundos bem melhores do que a Terra), então os seres que vivem naqueles mundos devem ter motivos para desgostos (embora sejam desgostos de um tipo diferente dos desgostos que os homens da Terra tem).
Pergunto, então: na situação em que aqueles seres estão, os seres que vivem naqueles mundos não se consideram tão infelizes como os homens da Terra se consideram? Os seres que vivem naqueles mundos não reclamam da sorte que tem, esquecendo-se de que há existências (físicas) inferiores que poderiam servir como comparação?
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| – | Aqui são necessárias duas respostas separadas.
Entre os mundos mais elevados do que a Terra, onde vivem seres que tem uma lembrança clara e exata de suas existência (físicas) passadas, os seres podem (conseguem) e sabem apreciar (reconhecer) a felicidade que Deus permite que aqueles seres desfrutem.
Entretanto há outros mundos onde vivem seres que estão (como foi dito) em condições melhores do que os homens na Terra, mas nem por isso os seres que vivem naqueles mundos deixam de ter grandes desgostos, e até mesmo desgraças. Aqueles seres não apreciam a (parcela de) felicidade que aqueles seres desfrutam, exatamente porque aqueles seres não podem se lembrar de um estado mais infeliz. Contudo, mesmo que os Espíritos encarnados naqueles seres não apreciem (reconheçam) a felicidade que possuem, os Espíritos daqueles seres reconhecem aquela felicidade na condição de Espíritos desencarnados. | ||
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Não há qualquer coisa de providencial revelando a sabedoria divina no esquecimento das existências (físicas) passadas, ainda mais quando aquelas existências foram amarguradas?
Nos mundos superiores onde a recordação de existências (físicas) passadas e amarguradas já não passa de um pesadelo bastante distante é que as vidas (físicas passadas) desgraçadas (infelizes) aparecem na memória dos seres.
Nos mundos inferiores, a lembrança de todas as existências (físicas) passadas que foram cheias de sofrimentos não iria piorar o estado de infelicidade das novas existências (físicas)?
Cabe então concluir que tudo o que Deus fez é perfeito; não cabe ao homem criticar as obras de Deus; não cabe ao homem dizer a Deus como o universo deveria ser regulado.
Haveria inconvenientes (desvantagens) gravíssimos se os homens pudessem se lembrar de suas individualidades passadas. Em certos casos, tal lembrança seria motivo de uma humilhação muito grande. Em outros casos, tal lembrança iria atiçar o orgulho no homem, causando prejuízos ao livre-arbítrio do homem.
Deus dá aos homens exatamente o que é necessário e bastante para que os homens se melhorem: a voz da consciência e as inclinações instintivas. Deus tira do homem aquilo que poderia prejudicar o homem.
É preciso não esquecer que se os homens se lembrassem de seus atos em suas vidas (físicas) passadas, então os homens iriam se lembrar também dos atos realizados por outros homens em suas vidas (físicas) passadas, e isso poderia talvez causar os mais desastrosos efeitos nas relações sociais. Como nem sempre os homens podem se sentir honrados pelas suas vidas (físicas) passadas, é melhor que a cortina do esquecimento esconda do homem as vidas (físicas) passadas do homem.
Isto concorda perfeitamente com a doutrina (ensinamento) dos Espíritos (superiores) sobre os mundos que são superiores à Terra. Naqueles mundos, onde só reina o bem, a lembrança de vidas (físicas) passadas não tem nada de penosa (dolorosa). É por essa razão que os seres que vivem naqueles mundos se lembram de suas vidas (físicas) passadas, assim como os homens se lembram do que fizeram no dia de ontem. A lembrança do tempo que aqueles seres possam ter estado em mundos inferiores não passará – então, e como já dissemos – de um sonho ruim. |
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395. | O homem pode ter algumas revelações a respeito de suas vidas (físicas) anteriores? | |
| – | Nem sempre. Contudo, muitos homens sabem o que eles foram e o que eles faziam em suas vidas (físicas) anteriores. Se aqueles homens tivessem a permissão para revelar abertamente aquilo que aqueles homens sabem sobre o passado, aqueles homens fariam revelações extraordinárias (inacreditáveis) sobre o passado. |
396. | Algumas pessoas julgam (pensam) ter uma vaga recordação de um passado desconhecido, que aparece para aquelas pessoas como a imagem fugitiva (vaga) de um sonho que aquelas pessoas tentam em vão reter (manter). Não há nisso uma simples ilusão? | |
| – | Algumas vezes aquela recordação é algo real; mas também, frequentemente, aquela recordação não passa de uma simples ilusão. O homem precisa ter cuidado com aquelas ilusões, visto que aquelas ilusões podem ser causadas por uma imaginação muito ativa. |
397. | A lembrança das existências (físicas) anteriores é mais clara nas existências corporais de natureza mais elevada do que a natureza da existência corporal dos homens? | |
| – | Sim. Conforme o corpo físico vai se tornando menos material (nas novas existências físicas do Espírito em mundos mais elevados), o homem (Espírito encarnado) se lembra de suas vidas (físicas) passadas com mais exatidão. Os seres que vivem nos mundos de ordem superior tem uma lembrança mais nítida de suas vidas (físicas) anteriores. |
398. | Se as inclinações instintivas dos homens são uma vaga lembrança das vidas (físicas) passadas que os homens tiveram, seria possível para o homem estudar (investigar) aquelas inclinações instintivas que o homem possui e – assim – conhecer as faltas cometidas por aquele homem em suas vidas (físicas) passadas? | |
| – | Seria possível até certo ponto. Porém, é preciso levar em conta tanto a melhora que o Espírito possa ter conseguido, quanto às decisões que o Espírito passa ter tomado, enquanto o Espírito estava na erraticidade (desencarnado). Pode acontecer que a existência (física) atual do Espírito seja muito melhor do que a última existência (física) que o Espírito teve. |
398a. | A existência (física) atual do Espírito poderia (também) ser pior do que a vida (física) anterior do Espírito, isto é, o Espírito poderia cometer em uma existência (física) faltas que o Espírito não cometeu em sua vida (física) anterior? | |
| – | Isso depende do grau de adiantamento do Espírito (na escala espírita).
Se o Espírito não souber vencer as provas (lições) que o Espírito está enfrentando em sua vida (física) atual, o Espírito poderá ser arrastado para cometer faltas novas que são uma consequência da posição (situação) que o Espírito escolheu para a sua vida (física) atual.
Mas em geral essas (novas) faltas indicam apenas um estacionamento do Espírito (na escala espírita), e não indicam que o Espírito tenha andado para trás (na escala espírita). O Espírito pode se adiantar ou ficar parado, o Espírito nunca anda para trás (na escala espírita) [4]. |
399. | Já que as vicissitudes (dificuldades) da vida corporal são ao mesmo tempo uma expiação (reparação) das faltas cometidas pelo Espírito em suas vidas (físicas) passadas, e também são provas (lições) que o Espírito passa tendo em vista o próprio futuro, seria possível tomar a natureza daquelas vicissitudes (dificuldades) como uma base para adivinhar (inferir) o gênero (tipo) da vida (física) anterior que o Espírito teve? | |||
| – | Isso é possível com bastante frequência pois cada um é punido onde pecou [5]. Entretanto, isso não significa que essa seja uma regra absoluta (que pode ser aplicada sempre em todos os casos).
As tendências instintivas do homem são um indício (pista) mais seguro para adivinhar (inferir) o gênero (tipo) da vida (física) anterior que o Espírito teve, pois as provas (lições) que o Espírito passa são determinadas tanto pelas vidas (físicas) passadas do Espírito quanto pelo que o Espírito pretende para o seu próprio futuro. | ||
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Quando acaba o tempo que a Providência (divina) deu para o Espírito passar na erraticidade (desencarnado), o próprio Espírito escolhe as provas (lições) que o Espírito deseja passar (em uma nova existência física) [6] para apressar o seu adiantamento (espiritual). Isto é, o Espírito escolhe o gênero (tipo) de existência (física) que for melhor para fornecer para o Espírito os meios que o Espírito precisa para se adiantar, e as provas (lições) escolhidas pelo Espírito sempre tem relação com as faltas que o Espírito tenha cometido em suas vidas (físicas) passadas e que o Espírito precisa expiar (reparar) [7]. Se o Espírito vence as provas (lições) que o próprio Espírito escolheu, o Espírito se eleva (espiritualmente). Se o Espírito falha naquelas provas (lições), o Espírito tem que recomeçar (tentar novamente passar pelas mesma provas).
O Espírito sempre goza (tem) do livre-arbítrio. É em virtude dessa liberdade que o Espírito desencarnado escolhe as provas (lições) da vida corporal. É em virtude do livre-arbítrio que o Espírito tem que o Espírito encarnado como homem decide fazer ou não certas coisas, fazendo uma escolha entre o bem e o mal. Negar ao homem o livre-arbítrio seria reduzir o homem à uma condição de máquina.
Quando o Espírito entra na vida corporal, o Espírito perde momentaneamente (enquanto estiver encarnado) a lembrança de suas existências (físicas) anteriores, como se aquelas existências estivessem escondidas atrás de uma cortina. Mas o Espírito encarnado conserva algumas vezes uma vaga consciência (lembrança) de suas existências (físicas) anteriores. Em certas circunstâncias as vidas (físicas) anteriores que um Espírito encarnado teve podem ser reveladas para o Espírito encarnado. Mas esse tipo de revelação só pode ser feita espontaneamente (nunca a pedido) por Espíritos superiores que tenham em mente um fim (objetivo) útil (para o Espírito encarnado), nunca para apenas satisfazer alguma curiosidade vã (fútil).
Em nenhum caso as existências (físicas) futuras de um Espírito (encarnado) podem ser reveladas, mesmo porque aquelas existências futuras dependem do modo como o Espírito encarnado se sairá na existência (física) atual, e dependem das escolhas que o Espírito venha a fazer depois da existência (física) atual do Espírito [8].
O esquecimento das faltas que o Espírito praticou em suas vidas (físicas) passadas não é um obstáculo para a melhoria do Espírito pois (mesmo que o Espírito encarnado não se lembre claramente daquelas faltas) o Espírito soube daquelas faltas enquanto o Espírito estava na erraticidade (desencarnado), e o Espírito (desencarnado) desejou reparar aquelas faltas. O conhecimento que o Espírito desencarnado teve das faltas cometidas em suas vidas (físicas) passadas, e o desejo que o Espírito tem de reparar aquelas faltas, servem de guia (por intuição) para o Espírito (novamente encarnado) ter a idéia (vontade) de resistir ao mal. Tal idéia (vontade) que o Espírito (novamente encarnado) tem é reforçada pela assistência (ajuda) dos Espíritos superiores (mais elevados) que acompanham o Espírito encarnado em sua nova existência corporal [9] (desde que o Espírito encarnado ouça as boas inspirações que aqueles Espíritos mais elevados dão para o Espírito encarnado).
O homem não tem conhecimento dos atos (bons ou maus) que o homem praticou em suas existências (físicas) passadas, mas o homem sempre pode saber qual é o gênero (tipo) das faltas que o homem cometeu em suas existências (físicas) passadas e que tornaram o homem culpado, e o homem sempre sabe qual era a natureza (cunho) do seu caráter em suas existências (físicas) passadas. Basta que o homem estude (investigue) a si mesmo e – então – o homem poderá julgar (avaliar) o que ele próprio foi em suas existências (físicas) passadas, não pelo que o homem é em sua vida (física) atual mas pelas tendências que o homem tem durante sua vida (física) atual.
As vicissitudes (dificuldades) da vida corporal são uma expiação (reparação) das faltas cometidas pelo Espírito em vidas (físicas) passadas, e também são ao mesmo tempo provas (lições) tendo em vista o futuro (espiritual) do Espírito. As vicissitudes (dificuldades) da vida corporal depuram (purificam) e elevam (espiritualmente) os homens se os homens suportam aquelas dificuldades com resignação (aceitação) e sem murmurar (reclamar).
A natureza (tipo) daquelas vicissitudes (dificuldades) e das provas (lições) que passamos também pode lançar uma luz sobre o que fomos e sobre o que fizemos (em nossas vidas físicas passadas), do mesmo modo que neste mundo nós julgamos (avaliamos) os atos de uma pessoa culpada pelo castigo que a lei (humana) dá para a pessoa culpada. Assim, o orgulhoso será castigado pelo seu orgulho através da humilhação de uma existência onde o orgulhoso terá que se submeter à vontade das outras pessoas; o mau rico e o avarento serão castigados por uma existência na miséria; quem foi cruel será castigado pelas crueldades que irá sofrer; o tirano será castigado por uma existência na escravidão; o mau filho será castigado pela ingratidão de seus próprios filhos; o preguiçoso será castigado por ser forçado a trabalhar; etc. |
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[1] Se o homem se lembrasse de seu passado como Espírito, então poderia acontecer que o homem escolhesse o bem por uma razão simplesmente racional (quando o homem tivesse que escolher entre o bem e o mal). Então poderia acontecer que o homem fizesse essa escolha racional (pensada) pelo bem apenas porque o homem não quer passar pelas consequências da escolha pelo mal; o homem – então – não estaria escolhendo o bem pelo amor ao bem, e sim por "egoísmo" (evitar sofrimentos). Nesse caso, como não existe amor ao bem, não existe mérito (merecimento) completo na escolha do homem pelo bem. Deus, em sua sabedoria, quer que os Espíritos amem o bem (acima do mal), a ponto dos Espíritos sempre escolherem instintivamente o bem toda vez que os Espíritos tiverem que decidir entre o bem e o mal, sem sequer pensarem sobre qual escolha fazer. Quem ama o bem acima de tudo, também ama o próximo como a ele mesmo, Quem ama o próximo como a ele mesmo, também ama a Deus acima de tudo.
[2] Esse Espírito mais elevado é geralmente conhecido como "anjo da guarda", ou "Espírito protetor". Apesar da palavra "anjo" ser popularmente utilizada nessa situação, isso não significa que o Espírito escolhido para executar a missão de "Espírito protetor" de um Espírito encarnado seja de fato um "anjo" com o significado da palavra "anjo" como foi descrito nas questões 128 e 129. Um "Espírito protetor" é um Espírito que se encontra um pouco acima do Espírito encarnado, e que está em condições de executar a missão de ser um "Espírito protetor".
[5] Novamente, não existe "punição". Existe uma prova (lição) que o Espírito (dependendo de seu grau de elevação espiritual) encara como sendo uma "punição" (sofrimento), e não como uma oportunidade de elevação. Igualmente não existe "pecado", existem consequências pelas ações erradas que foram praticadas.
[7] Expiação e reparação não são sinônimos. A expiação é parte de um processo utilizado para consertar aquilo que se fez errado na vida, e pode ser resumida no dito popular "aqui se fez, aqui de paga"; em resumo, passar por aquilo de mal que fizemos outras pessoas passarem. A reparação significa devolver, para quem foi prejudicado por uma ação errada, aquilo que a outra pessoa perdeu com nossa ação errada. O processo de "conserto" de uma ação errada que o homem possa ter praticado tem três partes: (1) arrependimento; (2) expiação; (3) reparação.
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